Itaú em Joinville: fechamento de agências e falta de funcionários; Sindicato notifica o banco
O Sindicato dos Bancários de Joinville notificou o Banco Itaú-Unibanco nesta quarta-feira 18, exigindo soluções para os problemas que vem assolando os empregados. Com o fechamanto das agência do bairro Itaum e Pirabeiraba durante os meses de abril e maio, as demais agências estão tendo de absorver o atendimento, causando filas intermináveis.
Uma equipe passou pelas agências 0154-Centro e 8413-Floresta nesta segunda e terça-feiras e constatou que as filas chegaram a durar 1h40min. Longas filas, demora no atendimento e sobrecarga dos trabalhadores são apenas alguns dos efeitos visíveis. O Sindicatos cobra a contratação urgente de novos funcionários, melhores condições de trabalho e o fim do fechamento indiscriminado de agências.
O banco tenta estimular o uso de canais digitais, que nem sempre suprem todas as necessidades da clientela — especialmente a mais idosa ou menos familiarizada com tecnologia. Com o crescente número de crimes virtuais e golpes, os clientes estão voltando para as agências. Como concessão pública, o Itaú tem a responsabilidade de oferecer este atendimento presencial para a população. É preciso que o banco entenda a realidade dos bairros, a importância de uma agência para o comércio e a população local, especialmente nas periferias.
Demissões por justa causa
O movimento sindical tem acompanhado o crescimento preocupante no número de demissões por justa causa no Itaú nas últimas semanas. Em Joinville há pelo menos um caso, notificado ao banco pelo Sindicato em 9 de junho e até o presente momento sem resposta.
Durante a última semana, o Sindicato dos Bancários de Joinville esteve reunido com diversos trabalhadores, colhendo depoimentos e formalizando um documento que será apresentado ao Ministério Público do Trabalho: “Pressão por metas, controle rigoroso do desempenho e a prática de gestão autoritária. Nossos bancários vem sendo vítimas em pleno 2025, mesmo com todos os mecanismos de nossa Convenção e Acordos Coletivos”, assevera Valdemar Luz, presidente da entidade sindical.
O Sindicato seguirá atuando na defesa dos trabalhadores e cobrando responsabilidade dos gestores e da direção do banco.