Negociações para a renovação do ACT do Saúde Caixa começam em julho
As negociações para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do Saúde Caixa começarão ainda em julho. A definição ocorreu na reunião entre a representação dos trabalhadores e o banco, realizada nessa quinta-feira 3.
A primeira rodada de negociação ocorrerá na terceira semana de julho. A data não foi definida devido a acertos necessários na agenda.
Reajuste Zero!
“Os bancários sinalizam não aguentar mais reajustes que comprometem parcela cada vez mais considerável dos nossos rendimentos. Não podemos e não vamos mais aceitar aumentos nos valores das mensalidades”, alerta Luiza Hansen, dirigente sindical e membra da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
A variação de custo médico-hospitalar (VCMH) ultrapassa ano após anos o valor dos reajustes salariais dos empregados. Por outro lado, o custeio da Caixa já chegou ao limite de gastos que o próprio banco definiu para garantir a saúde do seu quadro de pessoal (fixado no Estatuto Social do banco em 6,5% da folha de pagamentos).
“Por essa razão, é fundamental seguir na luta pelo fim do teto de custeio do banco para o Saúde Caixa. Caso contrário, nós teremos de arcar com os reajustes da inflação médica, o que inviabilizará o plano para muitos colegas. Queremos respeito e garantia de saúde aos empregados que constroem o resultado do banco. Nada mais justo que parte dele seja revertido para o custeio do nosso plano”, defende Luiza.
Manutenção do teto não tem justificativas
Após intensa mobilização e negociações com o governo, os trabalhadores de estatais conseguiram derrubar a CGPAR 42 (Resolução da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União), que limitava em até 50% o custeio das estatais aos planos de saúde dos seus trabalhadores.
Uma nova resolução prevê que a participação das empresas públicas no custeio de planos pode chegar até 70% das despesas.
“A manutenção desse teto não encontra nenhuma justificativa. Vamos lutar para retira-lo do estatuto e garantir um plano de saúde com qualidade e acessível para todos. Essa é a nossa principal bandeira para esse segundo semestre. Seguiremos mobilizados até sua derrubada”, afirma André Sardão, diretor sindical e empregado da Caixa.